metamorphosis
opera
première mundial
experimental intermedia foundation
new york city

2016 março 29 - 21:00
224 centre street at grand
third floor
ny 10013
212 4315127
     
emanuel pimenta
rené berger
  cem anos com rené berger
     

Conheci o filósofo suíço René Berger em 1987 e começamos imediatamente a trabalhar juntos.
René Berger foi um dos grandes filósofos do século XX e da passagem para o século XXI. Ficamos muito amigos e ao longo de mais de vinte anos desenvolvemos vários projetos juntos.
Em 2008 sugeri que deveríamos fazer uma ópera. Ele concordou imediatamente e começamos a trabalhar sobre o conceito do projeto. Mas, deveria ser algo diferente. Um desafio. Assim nasceu a ópera Metamorphosis. René morreu em janeiro de 2009. Ele foi responsável pelo libreto, escrito em parte no hospital. É o seu último trabalho.
Toda a história está contada no meu livro René Berger: Cavaleiro do Invisível.
Metamorphosis é uma ópera totalmente única.
Em termos do seu significado, uma ópera implica sempre uma história, um drama, o canto, uma abordagem teatral. Em Metamorphosis, não há exatamente um princípio, um meio e um fim; a história é o planeta Terra e o mundo, as civilizações, e especialmente o nosso momento histórico. Esse é o drama. O libreto é um texto filosófico, e o canto é para voz interior. Assim, cada pessoa é o cantor e ator principal dessa ópera, utilizando a sua própria voz interior.
A história em Metamorphosis é, nada verdade, uma reflexão sobre quem somos, sobre nossa identidade, sobre a mutação das nossas vidas, assim como sobre as contínuas transformações das sociedades.
Mas, vai para além disso.
A música é uma varredura planetária captando sons de setenta e sete estações de rádio, partindo do pólo sul e dando uma volta completa no planeta. A partitura foi estabelecida a partir do mapa do mundo elaborado por Richard Buckminster Fuller em 1943: o Dymaxion.
Paralelamente, há o som do planeta capturado pela Estação Espacial Internacional em órbita da Terra a uma altitude de cerca de quinhentos quilômetros.
Assim, a ópera tem duas projeções de filmes - uma delas com imagens do planeta Terra filmadas num percurso orbital, acompanhada dos pensamentos de René Berger; a outra projeção mostra o mapa mundi de Buckminster Fuller revelando a localização da varredura planetária.
Na sala, a música nasce da diversidade de sons de rádio que existem no nosso planeta, criando uma enigmática metamorfose entre o tecido acústico e os sons da Terra.
Sobre uma mesa, a grande partitura é um convite a todos para que sobre ela escrevam as suas observações sobre essa fascinante viagem.
Assim, a ópera Metamorphosis é não apenas um momento de reflexão, de contemplação, mas também de estudo, de participação.
A première mundial de Metamorphosis acontece na Experimental Intermedia Foundation de Nova Iorque, dirigida pelo compositor Phill Niblock, e é o encerramento das celebrações do centenário de René Berger.

Emanuel Dimas de Melo Pimenta
 

 

METAMORPHOSIS | ópera para vozes interiores de emanuel pimenta | libreto de rené berger - seu último trabalho | première mundial | 7 continentes | 70 cidades | 77 estações de rádio | 42 países | cobrindo cerca de 148.940.000 km2 num percurso de cerca de 40.007 km | em 40 minutos | 1 ato | feito em 7 anos (2009-2016) | partitura musical sobre dymaxion de Richard Buckminster Fuller | uma ópera para vozes interiores, rádios e o som do planeta terra capturado numa pista orbital a cerca de quinhentos quilômetros de altitude | celebrando o centenário de René Berger
EIF New York

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