LOW POWER SOCIETY

PREFÁCIO por Jon Rappoport

Este livro é um martelo que soa um gongo. O gongo é um planeta no meio da galáxia, e as ondas de som são lançadas - e ainda, o livro é extremamente preciso e penetrante; tão ampliado que explode todos os detalhes que oferece e faz dele um novo planeta - assim, estamos olhando para um livro que pode e torna a si mesmo de dentro para fora e revela a sua própria energia e processo conforme se expande - e por que um tal livro seria escrito, por que um tal livro apareceria do nada? - porque o autor, Emanuel Pimenta, existe, e nós estávamos à sua espera, estávamos sentados à frente de uma tela olhando as notícias e o vazio das notícias e os cartoons das notícias esperando que explodissem e colocassem um fim nelas próprias - e conforme esperávamos, fazíamos qualquer outra coisa, compondo os ligamentos interiores de outra história muito mais selvagem, e este é o tal livro, também um poema, onde espirais e entrelaçamentos e desdobramentos ultrapassam labirintos Consensuais e se instalam como um pássaro na boca de uma flor.

O livro discute, em todos os parágrafos, o mundo, o planeta, a população como um todo, mas está sempre falando acerca do indivíduo que se oculta atrás e acima e abaixo de todo o fascínio daquelas ciências que definem a mudança constante com mapas e melhores mapas e mapas mais rápidos e mais urgentes e mapas determinados.

Assim, este é um livro sobre o futuro emergente do ser humano que está, num certo nível, preocupado em mapear a transformação coletiva, e que, num outro nível, estrutura uma revolução em si mesmo.

O livro é feito de ar. Ele é todas as aberturas. Todas as primeiras sentenças. É, desta forma, uma centena de livros, serialmente construídos - mas, num exame mais próximo, as sequências tomam lugar de um centro, e lá habitam 500, mil, 5000 dimensões.

Pimenta vê uma explosão minuto a minuto a partir de incontáveis peças de informação, e fazendo isso, compreende que para dar sentido ao processo, ele necessita entrar nela. Assim, ele se torna na explosão enquanto a comenta.

Fazendo isso, toma um profundo conhecimento e simultaneamente ritmos e sonoridades em colisão, e o autor é, naturalmente, um conhecido e muito celebrado compositor. No seu livro, a sua música se torna serena e generosa e dissimulada e implacável, e uma recapitulação das idades do cobre e do bronze quando o ato de dar a forma a objetos era um empenho altamente pessoal e a alegria da primeira descoberta - surgindo do nada.

Em outras palavras, não se pode escrever um livro sobre as mudanças titânicas que têm acontecido no macro nível deste planeta, nas passadas centenas de anos, sem estimular a si mesmo com correntes de magia. Você pode trazer à tona toda a ciência que quizer, mas estará inevitavelmente à beira de onde deverá MOVER correntes de informação que são como cordas, e fará uma música nova. Um comentário sem imaginação desaparece em segundos.

PARA ONDE CAMINHA A RAÇA HUMANA? Pimenta responde a isto com o seu próprio processo de inquirição, e nos permite ver que a sua invenção, a questão e a resposta podem se fundir como se elas viajassem juntas no espaço. É informação literal? Certamente. É poesia? Sim. É música? Sim. É algo totalmente diferente? Sim. Temos um nome para isso? Não.

E ainda bem.

 

Jon Rappoport
Autor de The Magic Agent